Vem, e ajuda-me a desfazer
o nó que sou, sem origem,
sem história. Desmancha-me as vozes,
que sussurram entre as costuras.
Destrói, em mim, a sombra
de quem fui, ou quem finjo
ser. Desmonta os meus segredos,
e as palavras sem dono.
Despe-me das máscaras cansadas,
das mentiras que me cobrem
como pele velha. Revela-me
o que resta depois de tudo.
Vem, e desfaz-me por dentro,
até só sobrar o vazio,
onde o medo se dissolve,
e nasce uma nova verdade.
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