Ela sentia, mas não sabia como dizer.
Entre o cabelo, o cobre e o silêncio,
havia uma história que ninguém leu.
E os olhos, que ao fecharem-se,
guardavam as palavras que o mundo não ouviu.
E o peito, que subia e descia,
com o ritmo daquilo que jamais seria confessado.
Mas o seu sorriso, ah,
ele dançava à beira do abismo.
Era o reflexo de um mistério,
um segredo que nem ela sabia que escondia.
E enquanto o mundo rodava,
ela permanecia imóvel,
enraizada numa melancolia tão doce,
que quase parecia felicidade.
Mas havia algo nos lábios,
um toque de tristeza que outros chamariam amor.
E ela, perdida em si mesma,
deixava-se embalar pela suave angústia de existir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário