Luminosa

Aquele olhar fingidor  
que me veste a carne,  
mentindo à alma,  
ocultando as ruínas.

Perdida na imensidão da dor,  
eu sustento o riso,  
a máscara frágil,  
para não desabar.

Sorri luminosa a quem está olhando,  
essa sombra que sou,  
um reflexo pálido,  
do que resta de mim.

E assim eu sigo,  
fingindo ser luz,  
entre as sombras,  
perdida, sem salvação.

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