Tu que me embalas,
mãe de todos os meus silêncios,
escuta-me.
Trago no peito
o peso dos dias,
e nas mãos,
as feridas do tempo.
A ti venho, mãe,
por vontade,
e por necessidade.
E embora as palavras me fujam,
sabes o que escondo
nas dobras da alma,
nas noites sem fim.
Peço-te, mãe,
com esta voz quebrada,
que me sustentes,
que me guies por entre
as sombras que se alongam,
nas estradas de ninguém.
Porque em ti confio,
mãe de todos os meus caminhos,
não me deixes perder.
Leva-me nos teus braços,
onde o medo se dissolve
e o fado se transforma
num canto de paz.
Tu, que és a minha terra,
o meu refúgio,
acolhe-me, mãe.
E quando a noite cair,
cobre-me com o teu manto,
que eu sou apenas
teu filho à deriva,
em busca do teu calor.
Eu te falo, mãe,
sem mais promessas,
sem mais palavras,
apenas o meu coração,
em silêncio,
espera por ti, mãe.
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