"Quem me devolverá o sangue do poema?" - Rosa Lobato Faria
Pura, sorriso nos olhos, luzes inocentes.
teu mundo, aventuras sem fim, dança d'alma.
desvenda sonhos, desafia limites, brilha no caminho.
semeia alegria, colhe memórias, sussurros do tempo.
nas asas do tempo, és eterna lembrança, laços que unem.
livre, abraça tua essência bela, amor inquebrantável.
_pedroperes
Na fímbria do vestido azul, tu és,
Tecidos acariciam a pele,
Segredos ardentes.
Renda deslizando, leves toques,
Lábios roçando, calor crescente,
Desejo incontido.
No abraço celeste, almas se entregam,
Ritmo apaixonado, sinfonia do prazer,
Noite que arde.
_pedroperes
Abraços na aurora, sonhos a dançar,
Imigrantes destemidos, além-mar a buscar,
Incêndio impiedoso, chamas a arder,
Unidos no fim, almas a se perder.
Laços que transcendem, história e nação,
No abraço eterno, a união encontra ação,
Nas cinzas, um símbolo, humanidade em pranto,
De imigrantes que, abraçados, vão além do encanto.
_pedroperes
Na fímbria do vestido azul, segredos insinuados,
Cintilam desejos ocultos, toques travessos,
Noite sussurra pecados.
Tecido revela curvas, misterioso convite,
Paixão no ar, ardente mistério,
Loucura na pele latejante.
Silêncio cúmplice, corpos se entrelaçam,
Na escuridão do desejo, sombras dançam,
Na fímbria da luxúria, almas despidas.
_pedroperes
teu olhar, pureza
explorando mistérios
véu de inocência
desperto, curiosidade
caminhos sem fim
traços d'alma
desperta, lembrança
beleza interior
laços que unem.
_pedroperes
Sob véus tecidos pela história antiga,
Silhuetas de coragem enfrentam a escuridão.
Nas asas do tempo, voam sem intriga,
Em busca de liberdade, em cada estação.
Rosas entre espinhos, desabrocham com dor,
Lembranças da luta, em suas mãos se entrelaçam,
No silêncio, sua força grita, com fervor.
_pedroperes
nas paredes, memórias vivas
cheiro de bolo, abraços abertos.
na casa da avó, encontro afagos.
segredos vividos, olhares que cantam
cantigas ao luar, risos na brisa.
teu lar, aconchego é estima.
carinhos, cuidados sem pedido
velas que iluminam, alma aquecida.
tua casa, o encanto ganha tinta.
no abraço da avó, aconchego e ternura
ligação profunda, amor sem fissura.
a casa da avó, meu refúgio sereno.
_pedroperes
tão doce o enigma
teu mel escondido.
melodia silente.
carícia nas palavras
dança na sombra do fado.
noite e dia, amor.
entre extases, és
via sem instruções.
laços de enlevo.
_pedroperes
No abraço final, unidos no destino,
Imigrantes almejando um lar, caminho,
Fogo na Grécia, desfez seus sonhos peregrinos,
Cinzas de esperanças, memórias no coração sozinho.
Abraçados pelo eterno adeus, símbolo de união,
Além do incêndio, a humanidade se encontra na canção,
Nas tragédias, nos recordamos da fragilidade que nos une,
Lembranças que perduram, estrelas em noite escura e comum.
_pedroperes
Nas sombras de véus, histórias sussurram,
Afegãs fortes, sonhos em prisão.
Pétalas ocultas, perfumes reprimidos,
Lutam por raios de justiça, em vão.
Silenciadas vozes, aves sem céu,
Teares de esperança, lágrimas tecidas.
Almas tenazes em um mundo cruel,
Renascem, resistem, almas coloridas.
_pedroperes
Na fímbria do vestido azul, desliza a paixão,
Curvas reveladas, o desejo encontra trilhas,
Corpos se perdem.
Tecido escorrega, toque incendiário,
Noite devassa, calor que se acende,
Lábios ardem.
Segredos íntimos, na sombra se entregam,
Ritmo febril, anseios incontidos,
Noites sem fim.
_pedroperes
Quando a poesia dói, as palavras ardem,
O papel se torna um refúgio para a angústia.
Versos carregados de pesar e cicatrizes,
Cada estrofe é um eco da alma em desgosto.
A caneta desliza como um bisturi sensível,
Expondo a dor que por vezes é inexprimível.
Mas no verso sofrido, a alma encontra alívio.
_pedroperes
sombras do passado,
teu adeus, ecoa, ecoa.
coração desvanecidos vazio.
palavras quebradas,
lágrimas na noite, caem.
amor, mero traço.
rostos na multidão,
caminho desvanecidos s cruzados.
coração, em ruínas.
passos incertos,
lembranças que permanecem.
amor, eternizado.
_pedroperes
Na praia vazia, vagueio sozinho,
Nossas pegadas, marcas no caminho.
Ecoam as risadas, a brisa as carrega,
Mas a dor do adeus, em mim se apegou, cega.
Olho para trás, vejo sombras do passado,
Momentos roubados, agora dispersos, dilacerados.
Teu sorriso, outrora minha luz guia,
Agora é lembrança que o vento frio envia.
As noites insones, os sonhos desfeitos,
A solidão é meu leito, meu coração desfeito.
Tento seguir adiante, na penumbra dos dias,
Mas a saudade insiste, a cada esquina, vazia.
Ergo a cabeça, mesmo no tormento,
Busco coragem, esquecer o lamento.
Nossos destinos se cruzaram, agora se afastam,
Mas o amor que existiu, em mim jamais se desgasta.
_pedroperes
na poesia, mergulhe.
retrato além das linhas,
âmago pulsante.
do notado, surge
verdades escondidas, anseios,
sonhos libertados.
no âmago, descubra
reflexos do ser, labirinto,
pensamentos sem véus.
reflexão flui, como rio
nas entrelinhas da mente,
poesia ecoa.
inquietante, revela
tua jornada íntima,
além das palavras.
_pedroperes
Poesia, um retrato:
pinceladas no ar,
alma desvelada.
notado nas sombras,
âmago escondido,
verdades fluindo.
caleidoscópio interno,
palavras transcendentais,
mistério capturado.
_pedroperes
no tecer das palavras,
poesia se pinta,
retrato de sonhos.
o olhar, faíscas
essência, se insinua,
mistérios despidos.
nas entrelinhas, ressoa,
verdades se fiam,
devaneios no horizonte.
_pedroperes
Tu, janela aberta: vulto
Silêncio traz enlevos
Intriga dança
Vulto na noite
Pensamentos vagueiam, sondando
Segredos suspiram
Lá fora, um enigma
_pedroperes
O olhar, ave além.
Tua infância, asas brancas.
Alma aberta, voa.
Quimeras à deriva,
Horizontes, sonhos fluem.
Mar, espelho interno.
Teu ser, amor vasto,
A maré, coração bate.
Nós: terra e mar unidos.
_pedroperes
Infância nas ondas, brincadeiras livres,
Fui ao mar, o mar beijou-me,
Teu sorriso no espelho azul.
Fui beijado pelo mar, inocência pura,
Reflexos submersos, memórias que brilham,
Beleza interior em marés de sonhos.
Vida como oceano, mistérios a explorar,
Nas águas profundas, amores a descobrir,
Crianças do coração, dançando com as marés.
_pedroperes
Fui ao mar, o mar beijou-me,
Mistérios nas ondas,
Refletindo sonhos profundos.
Fui beijado pelo mar, inquieto,
Além das brumas, um segredo,
Abraço salgado, alma fluíndo.
No eco das marés, mergulhei,
Beleza interior encontrada,
Nas profundezas do ser.
_pedroperes
sou minha saudade
sou caos
até dor
sou tristeza.
agora sou sombra
vagueando com pavor
num vazio de sombras.
traz-me a frescura dos dias,
a vontade do encontro perfumado,
a fuga do desencanto das agonias,
em que estou guardado.
_pedroperes
deixas-me sem querer
senão querer-te.
meus olhos fecham-se
na segurança do teu querer.
esforçam-se
para te olhar
mas não querem mais obedecer.
deixo-me levar
sei que fico em ti.
_pedroperes
era uma vez
cores que sibilavam
mundos que se abriam.
era uma trama
palavras como fios
histórias se agitavam.
era um suspiro
pássaros em silêncio
encantos no ar.
era o infinito
segredos de fantasia
deslumbre no olhar.
_pedroperes
Marcas me contam histórias,
Revolta em linhas traçadas,
Grito no rosto, memórias manchadas.
Lembranças esculpidas a fogo,
Fúria gravada em cada sulco,
Respiro fundo, revolta em soco.
Aceito o passado em chamas,
Renascendo das próprias brasas,
Vitalidade surge, paz abrasa.
_pedroperes
No rio, o mar se aninha,
Cúmplice da paixão vazante,
Duas almas em dança errante.
Teu olhar, doce e intenso,
Segredos em cada traço,
Afagos em cada abraço,
Silêncio, somente suspensos.
Tu, o sol na aurora mansa,
Eu, lua em céu aveludado,
Unidos pelo fio do encanto,
Nesse instante, o tempo descansa.
_pedroperes
Quando teu olhar toca o meu,
No etéreo instante, eu flutuo.
Segredos profundos, só teu.
Palavras dançam, um mundo novo,
Nossas almas, enleio cálido.
Cumplicidade em traços de fogo.
Vulnerável, exponho a ternura,
Nesse abraço mágico e puro.
Deslumbramento na vastidão miúda.
_pedroperes
tomei um café
o sono nem deu conta
fiquei acordado
pensei na vida
nas coisas que fiz
e nas que não fiz
senti uma paz
um sabor de liberdade
e de felicidade
_pedroperes
tomei um café
sono no chinelo
noites viram dia.
ideias saltam
sorriso nos olhos
mundo acordando.
nuvens desfiam
pensamentos leves
alma em equilíbrio.
_pedroperes
na penumbra antiga,
sombras dançam, frias.
suspiros ecoam, vazios,
almas tristes, sombrias.
silêncio, névoa densa,
murmúrios na noite.
a saudade do que foi,
tristeza, eterna açoite.
estrelas, memórias distantes,
pálido luar acende.
inquietação no peito lateja,
passado e presente se fundem.
_pedroperes
nuvens cinzas, meu olhar
silêncio triste, paira
a alma busca, não acha
saudades, eco distante
murmúrios melancólicos
tempo fujo, perdido
sonhos vagueiam, inquietos
passado, sombras dançantes
ecos etéreos, nunca esqueço
_pedroperes
na tua ausência só me resta o mar
espelho de saudade onde vejo o teu
olhar
quando voltarás para me abraçar e
secar as minhas lágrimas que o mar
não quer levar?
_pedroperes
Doce toque, pele a arder,
Fogo que arde e funde,
Curvas em sussurros,
Nossos corpos se inundem.
Boca em travessura,
Sabores que misturam,
Ritmo em harmonia,
Pecado e luxúria, ocorrem.
Encanto e paixão bailam,
Mistérios desvelam-se,
No beijo, amor eterno,
Almas, rendem-se.
_pedroperes
entre máscaras
verdade esconde
caminhos tortos
peito exposto.
emaranhado de sentimentos
noite escura
coração exposto.
busca paz em olhos cansados
risco e medo
vida se desfaz.
_pedroperes
Ser é um caos que explode
é um grito que se ouve
é um fogo que arde
é um sangue que corre
Ser é um abismo que se abre
é um salto que se dá
é um risco que se corre
é um limite que se ultrapassa
Ser é uma arte que se inventa
é uma forma que se quebra
é uma cor que se mistura
é uma voz que se projeta
Ser é um desafio que se enfrenta
é uma guerra que se vence
é uma luz que se acende
é uma vida que se vive
_pedroperes
Saudade é o que sinto por ti
Quando tu estás longe de mim
Saudade é o que me faz sofrer
Quando tu não estás aqui
Amor é o que sinto por ti
Quando tu estás perto de mim
Amor é o que me faz viver
Quando tu sorris assim
Saudade e amor são duas faces
De um mesmo sentimento
Saudade e amor são duas fases
De um mesmo momento
Quero dizer-te e mostrar-te
Cada amo-te ecoa a verdade
Quero abraçar-te e beijar-te
E matar a minha saudade
_pedroperes
 |
| Florbela Espanca |
no silêncio encontro
além
essência
sonhos
segredos.
como aves em céus intocados
cada alma esconde seu tesouro
na quietude
desvendo o meu.
em cada coração pulsante
um dom repousa sereno
nas profundezas do ser
esperando o tempo acordar
nós somos estrelas escondidas.
_pedroperes
No seio da pedra fria e cinzenta
uma pequenina flor desabrocha
num segredo revelado pela criação
suas pétalas delicadas e coloridas
desafiando o solo estéril
ela cresce
e ali
na dureza do mundo
floresce
as grandezas no cosmo são vastas.
_pedroperes
Na rocha áspera
a semente lançada
Minúscula
ousa desafiar o tempo
Crescendo devagar
dança no vento
Cores em contraste
beleza inesperada.
Em solo duro
sua vida reluz
Pequena
forte
mensagem da natureza
No grande desafio
a força não é só beleza.
_pedroperes
na brisa d'alma as sombras beijadas
os jardins silentes ao vento falam
nas folhas bailantes a essência ondeia
no coração vagueia a poesia na brisa.
_pedroperes
mãe, tu és fonte e ponte
flor e luz
mãe, tu és porto e lar
sol e farol
mãe, tu és vida e amor
rocha e tocha
mãe, tu és essência
viver e crescer.
__pedroperes
desprezo
teia tecida
olhar frio
alma partida.
objeto
dor sentida.
palavras cruéis
veneno
máscara oculta
veneno.
coração vazio
pleno.
silêncio
adeus não dito
humilhação em grito.
ela, esquecida
mito.
_pedroperes
