metrópole sem fim








Árvore emudecida, na metrópole sem fim,

Perdeu sua voz, num mundo sem pudor.

Ramos retorcidos, em concreto e aço assim,

Silêncio ecoando, num caos de cor.


Folhas ausentes, num caleidoscópio cinza,

Voz que se dissolve, na urbanidade.

No desvario frenético, a árvore agoniza,

Perdendo-se na multidão, n'atualidade.


Nas linhas e formas, a narrativa se desata,

Fragmentos de história, em cada esquina.

Árvore sem voz, símbolo do que se desbarata,

No turbilhão avant-garde, uma vida que declina.


_pedroperes _poesia.modernista


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