Coração Ferido









(Refrão)

Meu coração ferido, preso em teu amor

Eu dei-te tudo, mas foi em vão, senhor

Tu magoas-me, jogas-me ao chão

Mas eu continuo aqui, presa nessa ilusão


(Verso 1)

Nas sombras do meu quarto, eu choro em silêncio

Os vestígios das tuas palavras são o meu tormento

Tu envolves-me em mentiras, uma teia de enganos

Eu tento escapar, mas estou presa nestes oceanos


(Pré-Refrão)

Mas meu amor é cego, eu não consigo ver

Que tu não me mereces, só fazes-me sofrer

Eu perco-me em tuas palavras doces e vazias

Mas é hora de acordar, de encontrar a minha alegria


(Refrão)

Meu coração ferido, preso em teu amor

Eu dei-te tudo, mas foi em vão, senhor

Tu magoas-me, jogas-me ao chão

Mas eu continuo aqui, presa nessa ilusão


(Verso 2)

Tu deixas-me despedaçada, uma sombra de quem eu era

A cada golpe, eu perco um pouco mais da minha fé sincera

Eu mereço mais do que tuas mãos cruéis

É hora de seguir em frente, deixar para trás esses véus


(Ponte)

Eu sei que mereço um amor verdadeiro e profundo

Um alguém que me proteja, que me envolva no mundo

Então, hoje eu liberto-me das correntes que você colocou

Deixo-te para trás, encontro a paz que mereço


(Refrão)

Meu coração ferido, finalmente se libertou

Eu dei-me uma chance, aprendi a amar-me, senhor

Eu ergo-me mais forte, não há mais escuridão

Eu sou a prova viva, do renascimento da paixão


(Outro)

Agora eu canto minha própria melodia

Livre do peso da tua tirania

Aprendi a valorizar meu próprio valor

Ergo-me orgulhosa, voo para longe desse torpor


Delicadeza da luz










A luz brilha suave, 

Trazendo encanto ao ar. 

Um raio de esperança, 

A delicadeza a se revelar.


No amanhecer, um sorriso, 

Nos olhos, um brilho terno. 

A luz, como um abraço, 

Nos envolve, num doce inverno.


Nas velas acesas, 

A dança sutil do fogo. 

A luz que nos aquece, 

Em cada canto, faz seu jogo.


No crepúsculo dourado, 

Um adeus singelo ao dia. 

A luz se despede, 

Com seu toque de magia.


Nos olhos de uma criança, 

O encanto a florescer. 

A luz, em sua pureza, 

Nos ensina a amar e a viver.


Assim é a delicadeza da luz, 

Um presente a nos guiar. 

Em versos curtos, sussurra, 

A beleza em cada olhar.


Na contraluz do teu poema









No teu corpo, um poema se revela,

Na contraluz que nele habita e brilha.

Palavras subtis, cheias de ternura,

Dançam em cada curva, suave trilha.


No contorno dos teus ombros, verso a verso,

A poesia se desenha em formas encantadoras.

A luz se esconde, revelando segredos,

E o poema se faz presente, sem demoras.


Teus olhos são estrofes de profunda emoção,

Traduzem sentimentos com intensidade.

Na contraluz do teu ser, a inspiração,

Um poema que transcende a realidade.


Teus lábios, versos doces que suspiram,

Melodias que se entrelaçam no ar.

E a poesia se espalha pelos sentidos,

Numa sinfonia de amor a pulsar.


Cada toque, uma estrofe de desejo,

Um poema que se faz na pele arrepiada.

A contraluz do teu corpo é meu enlevo,

Onde a poesia se faz eternizada.


Assim, na magia que em ti se insinua,

Descubro um poema que jamais se cala.

És a inspiração que a minha alma flui,

Na contraluz do teu corpo, a poesia se exala.


Balé de Sombras











Nas sombras do meu ser, um lamento,

Revela a fragilidade do meu intento,

Um suspiro silente, frágil e profundo,

Entre a delicadeza e a escuridão do mundo.


No universo sombrio da minha alma,

A delicadeza floresce, calma e calada,

Um toque subtil, como uma pluma ao vento,

Embalando sentimentos em seu lamento.


Em cada sombra, há um segredo a revelar,

A melancolia dança no meio do ar,

Mas é na fragilidade que encontro beleza,

A subtileza de uma flor no meio da tristeza.


Na penumbra do meu ser, a luz tênue se agita,

Desenhando o contorno do que se habita,

É o contraste subtil entre o claro e o escuro,

Que dá forma à minha essência, com ternura.


Pois na delicadeza da escuridão,

Desperto sentimentos de introspecção,

E as sombras, como véus de seda em meu ser,

Revelam um mundo oculto, a renascer.


A fragilidade se entrelaça no meu caminhar,

Como teias de aranha a me envolver,

E nas nuances sombrias, encontro resiliência,

A força oculta na minha delicadeza aparente.


Assim, sombrio e delicado, meu ser se revela,

Em um balé silencioso, a busca por uma tela,

Para pintar emoções que habitam meu ser,

Com a tinta negra da noite e a leveza de um viver.


Finitude



A vida é uma chama que queima

Brilhante e ardente,

Mas eventualmente se apaga

E a escuridão se instala.


O amor é uma flor que floresce

Linda e perfumada,

Mas eventualmente murcha

E cai ao chão.


A esperança é uma estrela que brilha

Brilhante e forte,

Mas eventualmente se esconde

Atrás das nuvens.


A morte é o fim de tudo

A luz, o amor e a esperança.

É o momento em que tudo acaba

E nos tornamos nada.


Mas mesmo na morte, há beleza.

Há beleza na transição

Do ser para o nada.


Há beleza na paz

Que vem com o conhecimento

De que nossa dor acabou

E estamos finalmente livres.


Então, não tema a morte.

Abrace-a como uma amiga.

É apenas o início de uma nova jornada.


Uma jornada para um lugar onde

Não há dor,

Não há sofrimento,

E não há fim.