na esquina da rua
















Na esquina da rua, uma árvore calada,
Perdeu sua voz, num mundo agitado.
Não canta com o vento, nem risos, nem nada,
Apenas balança, num silêncio cansado.

Suas folhas outrora eram verso e canção,
Agora são ecos, memórias no chão.
A cidade moderna segue em pulsação,
Enquanto a árvore quietamente está na contramão.

No ritmo frenético, ela se mantém,
Um ícone mudo, resistindo ao desdém.
Perdida na paisagem, mas ainda retém,
A essência da vida, no cerne que tem.

Oh, árvore sem voz, tua presença é real,
No coração da urbe, um sussurro vital.
Uma lição aos apressados, na corrida geral,
A beleza do silêncio, um tesouro imortal.

_pedroperes _poesia.beat

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