Não te quero, insisto em mentir,
meu corpo te deseja, sem dó.
Fujo na corrida, de nevoeiro e sol,
caminho só, no espaço de nós.
Não sei te amar, digo em surdina,
mas tua sombra dança, insiste.
Procuro silêncios, mas vejo clarões,
o teu riso se cola, em mim.
Vou fugir, da tua saudade,
nos espelhos, refúgios de alma.
Mas vejo o teu rosto, na noite,
grito ao vento, que me consome.
Te esquecer, é fardo e sina,
memória, espinho na carne.
Rasgo estrelas, no céu e no peito,
sou presa, daquilo que neguei.
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