Ecos do nada

Um dia ela deixou de estar,
E eu morri, lentamente, morri.
As palavras caíram como vidro,
E o silêncio feriu meu peito.

Os dias eram sombras vazias,
E as noites, abismos sem fim.
Procurei-a nos cantos escuros,
Encontrei só ecos do nada.

Cada riso guardava uma dor,
Cada lembrança, um espinho cruel.
O vazio encheu meus olhos,
E o mundo perdeu sua cor.

Caminhei pelas ruas, só,
Desencontrada de mim mesma,
A tua ausência era tudo,
E eu, nada mais que pó.

O tempo passou, mas não curou,
Cada momento, ferida aberta.
A vida seguiu, mas sem alma,
E eu, fantasma de mim.

Um dia ela deixou de estar,
E eu morri, para sempre morri.
Nos braços da saudade, vaguei,
Perdida na eternidade sem fim.

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