Esta minha loucura que vos afugenta,
é o reflexo de um abismo sem fundo
onde me perco,
onde me procuro e me encontro,
mas logo me dissolvo nas sombras.
E se me escondo nas palavras,
é porque o silêncio me fere
com a lâmina fria da indiferença,
e a solidão me envolve
como um manto pesado demais para despir.
Mas eu, no meio deste caos,
sou feito de fragmentos,
de pedaços de luz e escuridão,
e cada parte grita por redenção,
mesmo que o vosso olhar se desvie de mim.
E, entre um passo e outro,
sou o eco de um sussurro perdido,
uma chama que arde e não apaga,
na esperança de que, um dia,
alguém veja além da minha tempestade.
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