Já não é

Faço amor de alma vazia,  
o corpo sem um eco de calor,  
encontro-te na noite que geme,  
entre silêncios e olhares nulos.

Teu toque é um vazio antigo,  
como a sombra de um passado,  
nossos corpos dançam sem ritmo,  
na ausência do desejo pleno.

Acaricio-te com mãos cansadas,  
onde o amor se desfez, desmoronou,  
e a cada suspiro, uma tristeza,  
uma memória que nunca se preenche.

A alma clama por algo mais,  
mas o silêncio é o único amante,  
te amo, mas sinto a frieza,  
neste abraço que não é abraço.

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