Este vento que me rasga a pele,
carrega memórias que não se apagam,
lembranças que ardem sem piedade,
e me cortam a alma em tiras.
Entre os suspiros que não liberto,
escondo lágrimas de vidro fino,
quebram-se na solidão que abraço,
nesta noite que não tem fim.
Sinto o frio, o medo que se arrasta,
numa dança sem ritmo ou destino,
não há refúgio para a dor,
apenas o vento, meu único confidente.
E mesmo que o silêncio me acolha,
ele é feito de punhais subtis,
marcando cada pedaço de mim,
que o vento leva, disperso na escuridão.
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