Carrego o peso da saudade,
na pele que pede um toque,
nas noites que se estendem,
como um silêncio prolongado.
Tenho medos escondidos em sombras,
que dançam nas paredes brancas,
e me lembram de tudo,
que não sei dizer em voz.
Sou feito de mar e terra,
de sonhos que se afogam,
e ressurgem com a maré,
em ondas que nunca cessam.
Desejo a simplicidade do abraço,
o calor de um corpo próximo,
a verdade que os olhos,
revelam sem precisar de palavras.
Amo com a força de um raio,
mas também com a calma,
de quem já viu o mundo,
e sabe que tudo passa.
Sinto dores que não cicatrizam,
alegrias que florescem breves,
como flores num campo,
onde o sol toca e parte.
Tenho vontades de ser vento,
de correr sem rumo certo,
de voar para longe,
e voltar quando for preciso.
No fundo, sou apenas eu,
uma alma que busca paz,
nas coisas mais pequenas,
e nos gestos mais verdadeiros.
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