Scavengers (1994), Paula Rego

Em terreno árido, a fúria latente,  
Dois corpos curvados em desafio.  
Garras fincadas na terra ardente,  
Olhares que cortam o vazio.

Rostos torcidos em silente dor,  
Força bruta em cada veia.  
Movimentos são gritos de amor,  
E a pele, uma amarga teia.

A luta é dança de sombras,  
Músculos tensos, feras no chão.  
Buscam algo nas entranhas,  
Entre rugidos e lamentação.

Na cena, a crueza da vida,  
Marcas profundas, ecos do passado.  
O presente é batalha renhida,  
Onde o humano se faz revelado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário