Deitada no chão frio, curva-se,
Os braços trançados num abraço,
O vestido floresce no corpo,
Desvela a dor de um cansaço.
No silêncio do quarto, respira,
A pele toca o vazio,
Os olhos fecham-se ao mundo,
Abraçam a sombra do frio.
A cor estende-se, vibrante,
Nos contornos do corpo exausto,
Cada traço grita segredo,
Em cada linha, um desgosto.
Rendição nos pés descalços,
A alma busca repouso,
O chão acolhe seu peso,
A noite, seu pranto silencioso.
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