Este terramoto que me desmoronou,
despiu-me da terra, dos sonhos.
E o tsunami que me encharcou,
arrasou meu peito, o chão.
Eu era um castelo de cartas,
desfeito em poeira e maré,
as ondas trouxeram segredos
que eu não queria saber.
Em cada tremor, um sussurro,
um fragmento de mim mesmo,
e a água, como um beijo,
engoliu a esperança.
Nos escombros, procuro luz,
uma fresta, um fio de dia,
entre ruínas e silêncios,
onde o novo pode nascer.
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