Entre o ser e o parecer,
ele caminha em duplo fio.
Com olhos em cada direção,
navega, mas sem destino fixo.
Pensa na vida, mas hesita,
em cada escolha, uma sombra.
Na mente, o eco de outra voz,
tão viva quanto o próprio medo.
Caminha, e não pisa o chão,
divide-se entre razão e ânsia.
Cada passo, um verso interrompido,
encruzilhada onde o tempo desvia.
Em cada palavra, um dilema:
viver ou pensar o vivido?
Na duplicidade do seu pensamento,
encontra um espelho partido.
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