sou argila, sou corpo em febre,
entrego-te a carne e os segredos,
a minha voz desfaz-se nos teus lábios.
Faz o que quiseres, sou teu,
perco-me na linha do teu desejo,
sem âncora, sem nome ou pecado,
sou pele nua, pulsando o teu nome.
De mim nada resta, sou brasa,
consumo-me no fogo do teu olhar,
minha alma queima e dança,
perdida em cada toque teu.
Enlaça-me, dissolve-me, sou chama,
não temo o fim, só o agora,
sou teu de cada poro e suspiro,
vendo-me a ti, eterno e efêmero.
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