Meu amor, a saudade,
é o rosmaninho que floresce
nas encostas do meu peito dorido,
nas noites em que a lua, tão bela,
se debruça sobre a minha janela.
A doçura que trazes nos olhos,
como um anjo de asas cansadas,
pousa em mim uma espera antiga,
de um tempo que nunca chegou
mas que sempre me abraça.
E é assim que me encontro,
nas tuas palavras caladas,
nas sombras que o fado carrega,
na curva da voz que se quebra,
entre o querer e o que se perde.
Meu amor, a saudade,
é uma chama que não apaga,
um sussurro ao vento que dança,
e que no silêncio me embala.
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