O ódio é simples, direto.
Não nasce da razão, mas do impulso.
Olhas para o outro e decides: inimigo.
Sem lógica, sem análise. Apenas isso.
Há um prazer em negar a existência alheia.
Um poder bruto em apontar e dizer:
"Tu não mereces estar aqui".
A proximidade do outro incomoda.
Ele respira, ocupa espaço.
E tu, que fazes com o teu?
O ódio não precisa de justificação.
Ele alimenta-se da própria presença.
Expande-se, enquanto te encolhes.
Não te libertas ao odiar.
Aprisionas-te.
E, no fim, não sobra ninguém.
Nem o outro, nem tu.
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