Minto porque respiro,
mas respiro mal,
com um peito vazio,
de um ar falso.
A pele veste máscaras,
despindo-me de mim,
com dedos que tremem
ao tocar verdades.
Digo-me sincero
quando não me ouço.
A voz entala-se,
grita muda na garganta.
Quem sou na sombra
quando a luz me olha?
Quero fugir do espelho
mas ele abraça-me.
Sou o reflexo falso.
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